Eu estava pesquisando sobre os marranos e deparei-me com uma dissertação da “Janaína Guimarães da Fonseca e Silva” sobre isso, cujo título é:
” MODOS DE PENSAR, MANEIRAS DE VIVER:
Cristãos-novos em Pernambuco no século XVI”
Logo na introdução começa: ” Os cristãos-novos, descendentes dos judeus convertidos à força em Portugal no final do século XV (1497), foram intensamente denunciados ao Visitador Heitor Furtado de Mendoça na Primeira Visitação do Santo Ofício ao Brasil, ocorrida entre os anos de 1591 e 1595″.
1°) Gostaria de saber por que se insiste tanto em conversões forçadas de judeus por parte de Portugal, da Espanha e até mesmo da Igreja?
2°) Por que os judeus gostam tanto de se fazer de “vítimas da sociedade opressora”, principalmente depois do nazismo?
3°) houve mesmo decretos por parte das coroas portuguesas e espanholas de que, ou os judeus se convertiam ou seriam expulsos desses países?
4°) Eu tenho uma colega que é judia e ela disse que muitos judeus foram obrigados a se converter ao cristianismo para não morrer. Creio que ela estìvesse se referindo à Idade Média e início da Idade Moderna, particularmente aos países ibéricos. Isso procederia?
5°) Eu li, creio que no livro: “Para Entender a Inquisição” do Prof. Felipe Aquino, que muitos judeus após serem expulsos dos países ibéricos, desaguaram nas praias dos Estados Pontifícios e lá foram muito bem acolhidos. Isso também procederia?
Depois ela continua : ” Muitos estudiosos se dedicaram a compreender a ação da Inquisição Ibérica, uns apoiando-se na idéia de que a perseguição era motivada pelas condições econômicas, identificando os perseguidos como burguesia nascente, os quais seriam alvo da cobiça dos cristãos-velhos, identificados com a nobreza”.1 (SARAIVA, Antônio José. Inquisição e Cristãos-Novos. 5ª Edição. Lisboa: Editorial Estampa, 1985).
E no parágrafo seguinte: “Outros autores justificaram essa perseguição do ponto de vista da unidade religiosa ansiada pelos Estados Ibéricos em formação, unidade intrinsecamente ligada à idéia de um Estado unificado. Para tanto, os cristãos-novos, percebidos enquanto hereges em potencial, eram alvo da máquina Inquisitorial, montada para esse fim, primeiro na Espanha (1478) e logo em Portugal (1536)”.2 (AZEVEDO, J. Lucio. História dos Cristãos Novos Portugueses. 3ª Ed. Lisboa: Clássica Editora, 1989.)
e continua: “Essas duas abordagens foram à base para os estudos que visaram compreender a Inquisição na Colônia, com suas especificidades, contudo moldada, enquanto Instituição metropolitana, para esses propósitos. Anita Novinsky, em clássico sobre os cristãos-novos na Bahia, se atém à perspectiva do interesse econômico como propulsor da Inquisição, cujo funcionamento, juntamente com a elaboração dos Estatutos de Pureza de Sangue(3), vai concorrer para a formação do que ela chama de homem dividido, ou seja, o cristão-novo seria o não adaptado, o excluído pelos católicos porque judeu, e pelos judeus porque católico. Assim ela o define:
As várias gerações passadas no catolicismo, não tornaram os cristãos-novos bons católicos, também não conseguiu fazer deles bons judeus … O cristão-novo cria suas próprias defesas contra um mundo onde ele não se encontra. É antes de tudo um cristão-novo.”(4)
(3) N do A. Estes diziam que o homem só era “puro” e, portanto, digno de certos postos, se não contivesse, até a oitava geração, a mácula do sangue judeu ou mouro. Elaborados pela primeira vez na em Córdoba, em 1449, os Estatutos de Pureza de Sangue foram depois expandidos para diversas Instituições, Ordens Religiosas, órgãos administrativos, universidades, todos começaram a exigir “pureza de Sangue” aos que pretendiam neles ingressar.
(4) 4 NOVINSKY, Anita Waingort. Cristãos-Novos na Bahia: A Inquisição no Brasil. 2ª Ed. São Paulo:Perspectiva, 1992, p. 160-161.
6°) De onde essa ” Mestre” e o autor do livro que ela citou, tiraram que a Sagrada Inquisição, perseguiu por causas econômicas? Isso descaracteriza a Inquisição e sua finalidade, muito embora, a Inquisição espanhola fosse uma Inquisição estatal, não tanto parecida com a Sagrada Inquisição da Idade Média. E ela ainda coloca os judeus no “ambiente” pré-Revolução Francesa, em que a burguesia seria uma ameaça à nobreza.
7°) É claro que um batizado, se tornando uma ameaça à Fé receberia os olhares da Inquisição, esse era o fim dela, impedir as heresias. E um judeu batizado não seria objeto da Inquisição por ter sido judeu mas por ser judaizante, coisas beeeeeeeeeeeeeem diferentes.
8°) É verdade que na época em que a heresia judaizante “atuava” na espanha nos sécs. XV e XVI, haviam várias autoridades eclesiásticas ( desde simples padres até bispos e prelados) que eram cristãos-novos e ensinavam heresias aberrantes contra a Fé católica e publicamente; negavam a Santíssima Trindade, a Divindade de Cristo, a Redenção?
9°) E desde quando a Inquisição julgava uma pessoa, simplesmente, por ser suspeita de heresia, numa espécie de suposição de que tais pessoas poderiam vir a ser hereges? Neste caso teriam que se acusar todos os católicos, pois todos poderiam vir a ser hereges. Mais uma vez colocam nas “costas” da Inquisição algo que ela não fez: a criminosa Lei dos Suspeitos da Revolução Francesa.
10°) O que seria realmente os Estatutos de Pureza de Sangue? Nunca ouvi falar deles. E se de fato as Ordens Religiosas, Santas Instituições, Universidades, entre outros, não poderiam aceitar os que tivessem sangue judeu até a oitava geração, então seriam rejeitados Jesus Cristo Nosso Senhor, Maria Santíssima, os Santos Apóstolos, e todos os santos que tinham sangue judeu ou mouro até a oitava geração.
Espero que vocês publiquem esta minha missiva
Aguardando com urgência,
Iran Cabral.
Resposta
Logo na introdução lê-se:
1°) Gostaria de saber por que se insiste tanto em conversões forçadas de judeus por parte de Portugal, da Espanha e até mesmo da Igreja?
2°) Por que os judeus gostam tanto de se fazer de “vítimas da sociedade opressora”, principalmente depois do nazismo?
3°) houve mesmo decretos por parte das coroas portuguesas e espanholas de que, ou os judeus se convertiam ou seriam expulsos desses países?
6°) De onde essa ” Mestre” e o autor do livro que ela citou, tiraram que a Sagrada Inquisição, perseguiu por causas econômicas? Isso descaracteriza a Inquisição e sua finalidade, muito embora, a Inquisição espanhola fosse uma Inquisição estatal, não tanto parecida com a Sagrada Inquisição da Idade Média. E ela ainda coloca os judeus no “ambiente” pré-Revolução Francesa, em que a burguesia seria uma ameaça à nobreza.
7°) É claro que um batizado, se tornando uma ameaça à Fé receberia os olhares da Inquisição, esse era o fim dela, impedir as heresias. E um judeu batizado não seria objeto da Inquisição por ter sido judeu mas por ser judaizante, coisas beeeeeeeeeeeeeem diferentes.
8°) É verdade que na época em que a heresia judaizante “atuava” na espanha nos sécs. XV e XVI, haviam várias autoridades eclesiásticas ( desde simples padres até bispos e prelados) que eram cristãos-novos e ensinavam heresias aberrantes contra a Fé católica e publicamente; negavam a Santíssima Trindade, a Divindade de Cristo, a Redenção?
9°) E desde quando a Inquisição julgava uma pessoa, simplesmente, por ser suspeita de heresia, numa espécie de suposição de que tais pessoas poderiam vir a ser hereges? Neste caso teriam que se acusar todos os católicos, pois todos poderiam vir a ser hereges. Mais uma vez colocam nas “costas” da Inquisição algo que ela não fez: a criminosa Lei dos Suspeitos da Revolução Francesa.
10°) O que seria realmente os Estatutos de Pureza de Sangue? Nunca ouvi falar deles. E se de fato as Ordens Religiosas, Santas Instituições, Universidades, entre outros, não poderiam aceitar os que tivessem sangue judeu até a oitava geração, então seriam rejeitados Jesus Cristo Nosso Senhor, Maria Santíssima, os Santos Apóstolos, e todos os santos que tinham sangue judeu ou mouro até a oitava geração.
Alexandre Rhodes, por exemplo, foi missionário no Vietnã e era de família judaica.
Muitos dizem que os judeus foram precursores do gnoticismo por conta da cabala e crenças desenvolvidas desde os fariseus e judeus que viviam na época de Nosso Senhor. Estou me levando a crer que o judaísmo é muito mais uma negação de Jesus, do que uma transição direta dos hebreus aos judeus…